finanças pessoais

Publicidade enganosa


Atualmente, vivemos em uma realidade conturbada no que diz respeito a economia, onde sofremos as consequências de uma política desmedida de incentivo ao crédito popular. Entre o período de 2003 à 2011, o número de pessoas com conta bancária subiu de 70 milhões para 115 milhões, o que significou um crescimento de 40% para 59% de brasileiros inseridos no sistema financeiro. Porém, é evidente que este crescimento não surgiu do mero acaso. Neste período, foram colocadas em prática medidas de facilitação de crédito afim de expandir a oferta de dinheiro na economia e incentivar o consumo pela população de baixa renda, disponibilizando mais crédito para empresas e pessoas físicas e reduzindo a taxa básica de juros, o que fez com que as instituições financeiras aumentassem sua oferta de crédito.

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Ainda que o fator histórico tenha contribuído para a atual taxa elevada de inadimplência, atualmente nos deparamos com um marketing publicitário irresponsável dos fornecedores de produtos e serviços, prometendo liberar crédito e empréstimo sem analisar a vida econômica pregressa do consumidor. Esta publicidade acaba fazendo com que o consumidor crie expectativa de compras, e até uma ambição por algo que sabia que antes não poderia ter, atraído pela suposta facilidade de realizar seus sonhos.


Foto: Pixabay

Os fornecedores de crédito alimentam a compulsão pela posse de consumidores, inclusive daqueles que não possuem mais condição alguma de continuar gastando. Apenas oferecem mais crédito, mas nunca expõem o verdadeiro risco desse movimento financeiro, muito menos fazem alguma análise individual do perfil de cada consumidor de modo a selecionar aqueles que realmente têm condições de, posteriormente, arcar como as consequências da contratação de crédito, ou seja, pagar em dia sua dívida, e caso isso não ocorra, arcar com os juros da mora.

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É notório que esta política de "gerar crescimento através do crédito", sem antes promover uma prévia educação econômica destes consumidores, acabou fazendo com que estes gastassem além do que podiam, encantados pela tamanha facilitação do crédito, o que ocasionou consequências drásticas que vivenciamos hoje. Conforme dados estatísticos do endividamento no Brasil, a taxa de inadimplência este ano atingiu assustadores 59,6% neste ano?, dados apresentados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Logo, fica evidente a urgência na responsabilização destas empresas, e o controle eficaz da publicidade enganosa, e a concessão de crédito irresponsável.

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